O resultado final registra um crescimento progressivo, uma vez que, na primeira edição, em 2005, 1.192 municípios estiveram envolvidos e representados na etapa nacional, e, na segunda edição, em 2010, 3.071 municípios de todas as regiões do país participaram.
No gráfico, números gerais sobre a III CNC.
Desse total de participantes, há predominância feminina, com 57%, e 43% de público masculino.
A participação regional na terceira edição marcou a conquista de maior equilíbrio. A região Nordeste foi a que teve maior número de representantes, seguida pelas regiões Sudeste, Centro-Oeste, Sul e Norte.
A ‘ascensão’ nordestina
Para Mãe Beth de Oxum, coordenadora do Ponto de Cultura Coco de Umbigada,
em Olinda (PE), integrante do colegiado de Culturas Afro-brasileiras, e
que participou das três edições da CNC, o crescimento da
participação nordestina no maior evento político da cultura nacional se
deve a uma soma de fatores: organização e articulação entre artistas
e produtores culturais da região (principalmente, os que representam a
cultura das matrizes populares); acesso às mais variadas tecnologias,
que propiciou uma melhor comunicação e, por consequência , mais chances
de mobilização.
A partir disso, diz Mãe Beth, também a unidade de articulação
resultou na conquista de mais assentos nos conselhos de cultura em todas
as instâncias governamentais, ampliando o diálogo, a
representatividade e, assim, as conquistas.
Ela também cita a importância do programa Cultura Viva, a partir do
qual o governo federal empoderou representantes populares da cultura, o
que representou uma conquista mais do que especial para a região
Nordeste.