quinta-feira, 31 de março de 2011

PROCESSO SELETIVO 2011 DO PROFAC - Programa de Formação do Artista de Circo

A partir de 31 de março de 2011, estarão abertas as inscrições para um novo processo seletivo do PROFAC - Programa de Formação do Artista de Circo da Escola de Circo Social Crescer e Viver. Serão 30 vagas oferecidas à jovens de 15 a 24 anos com ensino fundamental completo.


O curso do PROFAC tem duração de 2 anos, é inteiramente gratuito, e tem por objetivo formar jovens artistas através do desenvolvimento de conhecimentos, atitudes e habilidades artísticas e culturais, preparando-os para a atuação performática com excelência e segurança, no contexto dos múltiplos espaços cênicos e das diversas possibilidades de encenação no espetáculo circense, com conteúdos que passam pela técnicas circenses, interpretação e disciplinas teóricas como história da arte, história do circo, ética e estética, entre outros.

As aulas acontecem de segunda a sexta feira, das 8h às 12h15min. Quem estiver interessado deve se inscrever até o dia 31 de maio de 2011 para participar do processo seletivo composto de prova de aptidão física e teste psicossocial.

Nos links abaixo estão disponíveis o Regulamento, o Formulário de Inscrição e o Projeto Pedagógico do PROFAC. Para maiores informações visite o site ou entre em contato com diretamente no CIRCO CRESCER E VIVER, localizado à rua Carmo Neto 143, lona de circo, em frente a estação Praça Onze do metrô, telefone (21) 3972-1391. Sejam bem vindos ao mundo do Circo!
Regulamento do Processo Seletivo (.pdf)
Formulário de Inscrição (.doc)
Projeto Pedagógico (.pdf)

segunda-feira, 28 de março de 2011

NOTA DE REPÚDIO À CRIMINALIZAÇAO DE GAROTAS DE PROGRAMA


O Coletivo Leila Diniz (CLD) vem a público manifestar o seu repúdio à forma criminalizante com a qual formadores de opinião pública vêm tratando as mulheres que exercem otrabalho da prostituição em Ponta Negra. Após reportagem com cunho de denúncia veiculada pelo Fantástico/Rede Globo, jornais locais como Diário de Natal e Tribuna do Norte repercutiram matérias de mesma natureza. No entanto, a abordagem dada, para nós do CLD dá um tratamento simplista e estigmatizador a uma questão social tão complexa!Nesse sentido, chamamos atenção das autoridades de governo e Justiça para ao fato de que medidas de coerção as mulheres terão baixíssimo grau de resolutividade. Posto que, caberia antes de tais ações, uma análise crítica da realidade da vida das mulheres em Natal , e, do nordeste brasileiro, para compreender um contexto social e histórico que não se sustenta em análises inacabadas e de senso comum, onde o fato subsiste sem sua própria origem. Em matéria publicada na Tribuna do Norte, a reportagem faz um perfil de uma das mulheres, que por si só, explica a situação a qual nos vemos desafiados a enfrentar e resolver: mulher jovem, 27 anos, dois filhos, desempregada, ganhando 150,00 por programa. Uma trabalhadora e chefe de família que fez uma escolha dificil e marginalizada, como estratégia pela garantia de sua sobrevivência e de seus filhos. A questão da prostituição, no Brasil, remonta à colonização e está ancorada nas estruturas de desigualdade de gênero, classe e raça, na qual nós mulheres estamos submetidas; em uma sociedade capitalista, de terceiro mundo, extremamente excludente e consumista. Isto quer dizer que em decorrência da desigualdade entre os sexos, nós mulheres nos tornamos à parcela da população destituída de riquezas e incapacitadas a exercer autonomia sobre nossos destinos. A desigualdade entre os gêneros, em qualquer cultura, está ancorada na divisão sexual do trabalho, não importando se somos altamente qualificadas, sendo esta concepção do trabalho feminino que nos assegura na pirâmide social sermos subalternas aos homens, não é por acaso que nossos salários são menores em relação aos homens, mesmo quando ocupamos os mesmos postos de trabalho. Assim como em outros países de terceiro mundo, tais como Tailândia e Vietnam, um amplo contexto social, cultural e econômico, coloca Natal na rota do mercado internacional do sexo, gerando dinheiro, tanto quanto o comércio ilegal de armas e o tráfico de drogas. Lembramos também, quea prostituição é hoje no Brasil uma ocupação profissional, reconhecida pelo Ministério do Trabalho, passível de garantias legais tais como: registro de autônomo; recolhimento de contribuições previdenciárias e aposentadoria. Ainda assim a quem interessa criminalizar a prostituição?Sabemos que aprostituiçao é um problema social antigo e sua perseguição nunca promoveu a superação. Basta remontar alguns momentos históricos de Natal, por exemplo,a Segunda Guerra Mundial, onde tivemos a ascensão de Maria Boa e suas meninas vindas de diferentes cidades para atender aos desejos do conjunto de soldados norte-americanos e homens da alta sociedade natalense e brasileira. O mesmo contexto surge na década de 90 e início dos anos 2000, resignificado pelo mercado globalizado, e com a efervescência do turismo no nordeste brasileiro: o chamado "turismo sexual".Não precisamos de muitas análises e previsões para perceber que a mais nova tendência na qual o mercado do sexo investirá será a Copa do Mundo em 2014. Qual será então nossa reação? O mesmo “pânico sexual” de hoje e dos últimos 50 anos? A implementação de ações higienistas? Que sutilmente propõe a retirada de prostitutas dos olhos da população “zona sul”, sem, de fato, encarar as demandas sociais que esse problema traz a tona.Nesse sentido, não seria mais responsável tratar a questão de frente e dialogar com as mulheres que realizam os programas, e articular possibilidades mais concretas de enfrentar os riscos da marginalização,segregação, e da exploração sexual de meninas? Possibilidades capazes de produzir menos danos às mulheres, e ao entorno da comunidade? Uma ação em parceria com as profissionais do sexo, que necessitam de proteção social e policial, pode ter um efeito retrator para a ação do comércio ilegal de entorpecentes, e da pedofilia no período dos jogos, no qual inevitavelmente o comércio do sexo se alia.Recuperamos que pesquisa realizada em 2005, pela Prefeitura do Natal, já apontava a urgência de viabilização de políticas locais específicas para as mulheres, de 18 a 30 anos,na área de educação e profissionalização, dado que o desemprego atingia com maior força essa parcela da sociedade. Atender à demanda do chamado “turismo sexual” é a oportunidade mais viável para o grande contingente de mulheres jovens e desempregadas, oriundas em sua maioria dos bairros da zona norte e oeste de Natal. Sobretudo, quando as mulheres estão enquadradas num imaginário sexual globalizado, na qual são vistas como mulheres quentes, sensuais, lascivas e, ao mesmo tempo, passivas.Em 1994, a Casa Renascer era a secretaria executiva de uma Campanha Nacional de Enfrentamento à exploração sexual e o turismo sexual, que já questionava o modelo de desenvolvimento econômico do Nordeste, baseado no turismo, prevendo os impactos negativos da atividade,que seriam gerados sobre a população feminina, adulta e infanto-juvenil.Inúmeros documentos comprovam este movimento.Desde então, todo o esforço que a gestão pública e a elite governante do estado e da cidade têm feito é uma atuação pulverizada, ocasional, e moralista centrada na repressão às mulheres. O que esses gestores e gestoras esquecem é que esse problema tem a ver com as escolhas por políticas frágeis de enfrentamento à pobreza dos jovens e das mulheres em Natal; com os equívocos dos investimentos nos processos de produção cultural, com o não- investimento para uma educação pública de qualidade; com o abandono da prática de planejamento participativo; com a pouca firmeza da gestão na condução do uso e ocupação do solo. Nesse sentido, dizer não à criminalização da prostituição é exigir que políticas de enfretamento à desigualdade de gênero sejam implantadas, com compromisso e seriedade que os problemas relacionados à especificidade das mulheres sejam reconhecidos pela sociedade.

Leandro Oliveira

Coletivo Leila Diniz – Ações de Cidadania e Estudos Feministas Coletivo Leila Diniz

Edital Funarte de Doação de Equipamentos de Iluminação Cênica 2011

Inscrições abertas até o dia 09/05/2011


Cooperativas, companhias, empresas e outras instituições culturais públicas ou privadas podem adquirir, por meio deste programa, conjuntos de equipamentos de iluminação cênica. O material é doado pela Funarte, que assim contribui para a melhoria técnica e artística de espaços de artes cênicas em todo o país. Em 2011, serão contemplados 20 proponentes.

Para participar, é preciso enviar à Funarte, pelo correio, um projeto que contenha: os motivos da necessidade dos equipamentos, a ficha de inscrição preenchida, o currículo do proponente e dados relativos ao espaço cênico – entre outros documentos e informações, conforme explica o edital. Os projetos são analisados por uma comissão composta por três especialistas do Centro Técnico de Artes Cênicas da Funarte.

O investimento total no programa é de R$ 800 mil.

Envie seus projetos para:

Fundação Nacional de Artes

Centro Técnico de Artes Cênicas

Rua do Lavradio, 54 – Centro, Rio de Janeiro/RJ

CEP: 20230-070
As inscrições estão abertas no período de 23/03/2011 até 09/05/2011. Outros esclarecimentos podem ser obtidos pelo endereço eletrônico: informacao.ctac@funarte.gov.br .
Veja aqui o edital

Baixe a ficha de inscrição

Veja o modelo da Declaração de Capacidade Técnica