sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Treiller do Documentário Caminho das Pedras Produzido pela Cineasta Sandra Lima.

Documentário Caminho das Pedras Produzido pela Cineasta Sandra Lima, ele contém o mapeamento das expressões culturais da favela Complexo de Rio das Pedras, situada em Jacarepaguá e Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro e foi um dos contemplados pela Feira Favela Criativa, em 2015,




Nele eu narro à experiência do trabalho do Cine & Rock em Rio das Pedras, nele eu falo sobre a importância das Pedagogias Urbanas nos territórios ditos carentes e marginalizados. E como essas pedagogias urbanas se tornam agentes reais de transformação social e culturais em seus territórios. Um belíssimo trabalho da Cineasta Sandra Lima.

“Democratização do acesso a bens de cultural: Um desafio a ser enfrentado”

A definição de cultura evoluiu com o passar dos anos e as mudanças econômicas e sociais enfrentadas pelas nações. Da mesma forma, a incidência de uma ou outra política cultural na história da humanidade esteve sempre relacionada a diversos fatores, como a forma de governo e a ideologia defendida pela administração estatal. Ditaduras, governos democráticos, socialistas ou liberais entendem o investimento no setor de forma diferente. 

A necessidade de implantação de políticas públicas que tenham como objetivo o fortalecimento da cidadania e a inclusão social surge de uma dimensão que considera que todos os indivíduos, e não apenas os artistas, são sujeitos e produtores culturais, e, por isso, devem ser o foco de atividades e projetos da administração governamental.

O ser humano é essencialmente cultural. Ele nasce, vive e morre imerso em uma determinada cultura, com seus modos de vida, língua, rituais, instituições, conhecimento e valores próprios. Por isso, ele vê o mundo a partir de sua própria cultura. Dentro desse tecido cultural em que vivemos e nos desenvolvemos, podemos fazer um recorte específico da cultura, igualmente importante para que nos tornemos seres humanos completos: as artes. Independentemente de serem artes populares, como o cordel, a música popular, o repente, a dança de salão, a escultura na areia ou artes eruditas como a música clássica, as artes visuais, a literatura, o teatro, o cinema, vídeo-arte.

Dados sobre as desigualdades de acesso aos bens culturais no Brasil foram sistematizados em estudo realizado pelo Ministério da Cultura no qual constatou-se que:
“apenas 13% dos brasileiros freqüentam cinema alguma vez por ano; 92% dos brasileiros nunca freqüentaram museus; 93,4% dos brasileiros jamais freqüentaram alguma exposição de arte; 78% dos brasileiros nunca assistiram a espetáculo de dança, embora 28,8% saiam para dançar; mais de 90% dos municípios não possuem salas de cinema, teatro, museus e espaços culturais multiuso; 73% dos livros estão concentrados nas mãos de apenas 16% da população; dos cerca de 600 municípios brasileiros que nunca receberam uma biblioteca, 440 ficam no Nordeste, e apenas dois no Sudeste" (Programa Mais Cultura. Outubro de 2007).

As novas tecnologias de informação e comunicação potencializaram o compartilhamento de conteúdos culturais. Tais práticas, sem envolver transações monetárias, trazem novas possibilidades de efetivação dos direitos à educação, à cultura, à informação e à comunicação.

Por outro lado, tem-se defendido que o controle da troca de arquivos na Internet seja feito por meio do monitoramento do cidadão no seu acesso à rede. Isso somente poderia ocorrer através da violação do direito à privacidade e com severas ameaças à liberdade de expressão e de comunicação. Entendemos que esse não é o melhor caminho, e que a reforma da lei deve ser realista face às novas tecnologias e práticas sociais.

Destacamos que somos contra quaisquer usos comerciais da obra sem autorização de seu titular de direitos. Ressaltamos ainda a necessidade de reequilibrar a posição do autor frente aos intermediários culturais, de forma a potencializar as alternativas dos autores de produzir, distribuir e comercializar suas obras diretamente por meio das novas tecnologias da informação. Este equilíbrio conferiria maior autonomia e independência econômica aos autores, permitindo alargar as fronteiras ainda muito limitadas do mercado cultural.


Por fim, entendemos que é necessário harmonizar os interesses público e privado no acesso à cultura. Para isso, é necessário reequilibrar a tutela do direito individual de exploração da obra intelectual (cujo detentor freqüentemente não é o próprio autor da obra) com a tutela do direito coletivo de acesso à cultura, direito este tão fundamental quanto o direito autoral e cuja previsão encontra-se igualmente no corpo de nossa Constituição Federal. A criação é um fruto que tem origem no patrimônio cultural coletivo da sociedade e nesse sentido, sua fruição não pode ser restringida de forma desarrazoada.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Fundação Ford recebe propostas o ano inteiro

A Fundação Ford recebe propostas o ano inteiro de projetos que atuem nas seguintes áreas: engajamento civil; desenvolvimento com equidade; economia inclusiva; oportunidades para a juventude; criatividade e livre expressão; justiça de raça, gênero e etnia; e liberdade na internet.
https://www.fordfoundation.org/work/our-grants/idea-submission/

Itaú Cultural de Pesquisa em Economia da Cultura 2017

Instituto Itaú Cultural acaba de criar o programa Observatório Itaú Cultural de Pesquisa em Economia da Cultura 2017, dedicado a fomentar a produção de reflexões sobre o setor cultural e a compartilhar as experiências e os conhecimentos resultantes. Os proponentes deverão ter nível de graduação ou pós-graduação (especialização, MBA, mestrado, doutorado e pós-doutorado) nas áreas de ciências humanas, ciências sociais aplicadas ou de linguística, letras e artes.. As inscrições poderão ser efetuadas de 13 de março a 30 de abril de 2017, veja aqui o regulamento completo. fonte: http://www.culturaemercado.com.br/site/editais/observatorio-itau-cultural-premia-projetos-de-pesquisa/

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

SELEÇÃO DE PROJETOS CULTURAIS EM MOÇAMBIQUE

A Embaixada do Brasil e o Centro Cultural Brasil-Moçambique (CCBM) divulgam o lançamento de edital público para a seleção de projetos culturais em Moçambique. O espaço físico do CCBM está sendo reformado, o que resultará em instalações mais adequadas às atividades previstas para 2017.

Instituto CCR lança novo edital para patrocínio de projetos culturais

Poderão se inscrever proponentes de mais de 170 municípios de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Mato Grosso do Sul e Bahia  
Depois do sucesso do primeiro edital no Brasil exclusivo para produtores culturais de fora das capitais, o Instituto CCR, organização sem fins lucrativos que gerencia os investimentos do Grupo CCR em sustentabilidade, abre as inscrições em 14 de fevereiro para um novo processo seletivo para patrocínio de projetos na área cultural.
O principal objetivo do “2º Edital Instituto CCR de Projetos Culturais” é fomentar o desenvolvimento cultural em municípios (exceto capitais) no entorno das unidades de negócio administradas pelo Grupo CCR, uma das maiores companhias de concessões em infraestrutura da América Latina. Os proponentes devem ter CNPJ cadastrado em alguma das 174 cidades dos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Mato Grosso do Sul e Bahia listadas abaixo.
Na primeira edição do edital, em 2016, cadastraram-se 730 instituições. Foram submetidos 86 projetos, e 17 deles foram aprovados para o recebimento do apoio do Instituto CCR.
Para a edição deste ano, as regras do edital foram mantidas. Para participar, os projetos (e seus proponentes) devem atender aos seguintes pré-requisitos:
  • Somente serão aceitas inscrições feitas via Sistema de Inscrição Online, no site do Instituto CCR, dentro do período de inscrição: de 14 de fevereiro a 14 de março de 2017.
  • Os proponentes devem ser pessoa jurídica.

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Léu Oliveira


Festival de Teatro Infantil de Cascavel abre edital interessados devem se inscrever até o dia 06 de Março

Grupos amadores e profissionais de todo o Paraná podem se inscrever. O evento acontecerá entre 25 e 30 de abril 

Grupos amadores e profissionais de todo o Paraná podem se inscrever para apresentar peças entre os dias 25 e 30 de abril de 2017, mas sem caráter competitivo. Uma comissão vai analisar os currículos das companhias paranaenses levando em conta o teatro infantil em suas diversas linguagens: encenação tradicional, não-verbal, teatro de bonecos, teatro de sombras, espetáculo circense/teatral ou dança-teatro. Oito grupos serão selecionados para a programação oficial e outros três como suplentes. O resultado da seleção será publicado no dia 13 de março.


São válidas peças inéditas ou já apresentadas em outros festivais. Os interessados devem se inscrever até o dia 06 de março, enviando a ficha de inscrição e materiais sobre o espetáculo para o e-mail direcao@festincascavel.com.br. A relação detalhada está disponível no edital do Festin, no site www.festincascavel.com.br, onde também é possível ter acesso às demais informações sobre o evento. 

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

A Fundação Banco do Brasil abre Seleção Pública para Propostas de Patrocínios inscrições se encerra em 23.02.2017.

A Fundação Banco do Brasil abre Seleção Pública para Propostas de Patrocínios com objetivo de definir eventos a serem patrocinados em 2017. Somente serão aceitas inscrições de entidades sem fins lucrativos, à exceção de clubes e associações de funcionários de empresas públicas e privadas, igrejas ou cultos religiosos. São priorizados para análise eventos relacionados às áreas de atuação: Água, Agroecologia, Agroindústria, Educação, Resíduos Sólidos e Tecnologia Social.
O período de inscrições se encerra em 23.02.2017.
 
Dúvidas podem ser enviadas para o email: fbb.imprensa@fbb.org.br.

http://www.fbb.org.br/component/k2/conteudo/selecao-publica-de-propostas-de-patrocinio

Instituto Nacional de Teatro Argentino convoca grupos brasileiros para circulação de espetáculos Inscrições estão abertas até dia 31 de março

O Instituto Nacional del Teatro – INT convida grupos de teatro brasileiros a participarem da seleção para seu Circuito Teatral 2017. A iniciativa promove a circulação de espetáculos teatrais em território argentino. Traslados internos, alojamento e refeições dos grupos de teatro selecionados serão custeados pela entidade daquele país. É a primeira vez em sua história que o instituto dedicado ao incentivo do teatro argentino realiza a convocação de grupos estrangeiros. As inscrições estão abertas até 31 de março por meio do link https://goo.gl/meRBb9

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Programa Encontros com o Cinema Brasileiro

Já estão abertas as inscrições da 21º edição do Programa Encontros com o Cinema Brasileiro. O programa objetiva aumentar a visibilidade do cinema brasileiro no mercado internacional. Nesta fase, estarão presentes os curadores do Festival de Cannes para assistirem os filmes selecionados. Poderão ser submetidos para a seleção filmes de longa-metragem e produção independentes que já estejam finalizados e que não tenham sido exibidos fora do território nacional; ou produções que ainda não tenham sido finalizadas mas já possuam corte provisório de som e imagem. Os interessados devem sem inscrever por meio de um formulário online e enviar link com teaser, de dois a cinco minutos e legendas em inglês, da produção. O prazo de inscrições vai até o dia 15 de fevereiro. Serão selecionados de dez a doze produções. O programa acontecerá de acordo com um calendário que atenda ao período de trabalho da curadoria de cada festival convidado.
Área de Interesse
Cultura e Artes
Sub-área
Cultura e Artes - Audiovisual
Locais de atuação dos projetos
Brasil
Fonte de Financiamento
Recursos próprios

Sites
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Apropriação cultural é um problema do sistema, não de indivíduos É necessário se discutir essa questão com seriedade, porém, sem intransigências e desonestidade.

Ultimamente tem se falado muito sobre apropriação cultural nas redes sociais. Textos e mais textos sobre o tema, discussões, muitas vezes infrutíferas, e esvaziamento de conceitos. Sim, acredito que é necessário se discutir essa questão com seriedade, porém, sem intransigências e desonestidade. Há colunistas, por exemplo, escrevendo que apropriação cultural não existe, e por outro lado, pessoas colocando a responsabilidade nos indivíduos, ignorando as questões estruturais. Acredito que ambos os caminhos são equivocados. Precisamos entender como o sistema funciona. Por exemplo: durante muito tempo, o samba foi criminalizado, tido como coisa de “preto favelado”, mas, a partir do momento que se percebe a possibilidade de lucro do samba, a imagem muda. E a imagem mudar significa que se embranquece seus símbolos e atores para com o objetivo de mercantilização. Para ganhar dinheiro, o capitalista coloca o branco como a nova cara do samba. Por que isso é um problema? Porque esvazia de sentido uma cultura com o propósito de mercantilização ao mesmo tempo em que exclui e invisibiliza quem produz. Essa apropriação cultural cínica não se transforma em respeito e em direitos na prática do dia-a-dia. Mulheres negras não passaram a ser tratadas com dignidade, por exemplo, porque o samba ganhou o status de símbolo nacional. E é extremamente importante apontar isso: falar sobre apropriação cultural significa apontar uma questão que envolve um apagamento de quem sempre foi inferiorizado e vê sua cultura ganhando proporções maiores, mas com outro protagonista. Uma frase do poeta americano B. Easy, compartilhada no Twitter, e bastante compartilhadas nas redes sociais faz todo o sentido nessa discussão: “A cultura negra é popular, mas as pessoas negras, não”. Uma coisa é a troca, o intercâmbio de culturas, o que é muito positivo. Outra coisa é a apropriação. No nosso país, as culturas foram hierarquizadas, sendo a negra colocada como inferior, exótica. Dentro desse contexto é possível falar em troca? A troca só é possível quando não existem hierarquias. Enquanto terreiros são invadidos, há marcas que acham cult colocar modelos brancas representando Iemanjá. Esse discurso de que a cultura é humana só é válida quando querem apropriá-la. No momento de considerar a humanidade daqueles que produzem essa cultura, a história é bem diferente. No momento de perceber a necessidade histórica de ser representado e ter posse de sua história, é ignorado. E esse é ponto nevrálgico da nossa crítica em relação à apropriação cultural. Porém, isso não significa culpabilizar os indivíduos que estão inseridos dentro dessa lógica. Não julgo certo apontar dedos para pessoas brancas que fazem uso da cultura negra por alguns motivos. Primeiro, muitas dessas pessoas desconhecem a discussão sobre apropriação cultural, segundo, não se pode responsabilizar somente os sujeitos e, por fim, estamos falando de um problema estrutural. A crítica deve ser feitas às indústrias que lucram com isso. Achei correta a crítica feita à marca Farm quando colocou várias modelos brancas usando turbantes e nenhuma negra. A marca estava lucrando com um símbolo sem dar protagonismo aos sujeitos que os produzem. Agora, criticar uma pessoa somente por fazer o mesmo, acho energia gasta com o alvo errado. É necessário, sim, se problematizar essas questões, mas tendo em mente que vivemos numa sociedade capitalista e nesta, tudo vira mercadoria.


Fonte: http://azmina.com.br/2016/04/apropriacao-cultural-e-um-problema-do-sistema-nao-de-individuos/