segunda-feira, 26 de junho de 2017

“Somos do funk e não somos criminosos”



O funk é uma forma de manifestação cultural urbana e como cultura urbana e age como um a gente real de transformação social e cultural, e merece ser respeitado sim, o funk é uma “arma” real de combate as opressões vívidas por moradores de favelas oprimidos e oprimidas pelos poderes públicos, não gostar do funk é um direito seu, respeitar uma obrigação, quantas denúncias e reclames sociais furam feitos com uma letra de funk, quantos jovens foram salvos da marginalidade por se dedicarem à cultura urbana do funk. O funk não deve e não pode nunca ser tachado ou marginalizado, o funk carioca tem que ser respeitado e valorizado. Essa será a minha luta e de todos e todas que foram salvos pela cultura funk. Unidos podemos sim lutar contra toda forma de descriminalização da cultura urbana de favela, e acima de tudo preserva essa cultura e tantas outras descriminados, como o Hip-hop, e as rodas de rima e culturais. Nem uma forma de descriminalização de manifestações de cultura urbana não serão tolerados. 

A Historia do Funk Carioca. 

O funk é um estilo musical que surgiu através da música negra norte-americana no final da década de 1960. Na verdade, o funk se originou a partir da soul music, tendo uma batida mais pronunciada e algumas influências do R&B, rock e da música psicodélica. De fato, as características desse estilo musical são: ritmo sincopado, a densa linha de baixo, uma seção de metais forte e rítmica, além de uma percussão (batida) marcante e dançante.

Com o aumento do número de raps gravadas em português, apesar de quase sempre utilizar a batida do Miami Bass, o funk carioca começa a década de 1990 formando a sua identidade própria. As letras refletem o dia-a-dia das comunidades, ou fazem exaltação a elas (muitos desses raps surgiram de concursos de rap promovidos dentro das comunidades). Em consequência, o ritmo fica cada vez mais popular principalmente oriundos das favelas cariocas e assim os bailes se multiplicam. Ao mesmo tempo o movimento começou a ser alvo de ataques e preconceito, por ser um ritmo popular entre as camadas mais populares da sociedade, com isso havia uma constante ameaça de proibição dos bailes, o que acabou por causar uma “conscientização” maior, através de raps que frequentemente pediam paz entre as galeras. Em meio a isso surgiu uma nova vertente do funk carioca, o funk melody, com músicas mais melódicas e com temas mais românticos, Mc Leozinho, Mc Buchecha e Mc Marcinho são exemplos dessa fase do funk. Paralelo a isso, outra corrente do funk ganhava espaço junto às populações carentes: o “proibidão*”. Normalmente com temas vinculados ao tráfico, os raps eram muitas vezes exaltações a grupos criminosos locais e provocações a grupos rivais, os alemães (gíria também usada para denominar as galeras inimigas). Apesar de paralelamente o funk proibidão ganhar espaço nessa época, particularmente acredito que essa época do funk foi a melhor, com letras que tinham sentido e eram boas para ouvir, talvez nem todas fossem assim, com sentido ou boas, mas olhando para o que é hoje em dia, vejo que o funk de antigamente era bem melhor, tomo como exemplo o Mc Marcinho que apesar dessa nova geração do funk não faz letras voltadas para o sexo, tráfico como são os funks de hoje em dia, a única adaptação que ele fez para essa nova geração foi o “tamborzão”, Marcinho faz sucesso com suas músicas até hoje, músicas de 10 anos atrás. A existência do mundo funk carioca contraria em vários pontos as teses anteriores sobre o funcionamento da indústria cultural no Brasil. O consumo de funk no Rio não pode de maneira alguma ser considerado uma imposição dos meios de comunicação de massa. Pelo contrário: parece até haver um complô (para usar, sem pretensão de seriedade, um termo maquiavélico) dessas mídias com o objetivo de ignorar o fenômeno. Alguns dados podem comprovar nossas afirmações. Os discos que mais fazem sucesso nos bailes, na maioria absoluta dos casos, não são lançados no Brasil. As emissoras de rádio e televisão quase não dão espaço para a música funk. Os jornais não anunciam os bailes que, apesar de tudo isso, permanecem lotados. O desejo por funk parece algo interno à comunidade carioca que o consome, sem depender da ajuda ou do incentivo de instituições externas. Os organizadores dos bailes cariocas desenvolveram várias estratégias para conseguir os discos que não são encontrados no mercado brasileiro.3 A principal delas foi a criação de um comércio clandestino de discos importados, vindos dos Estados Unidos especialmente para animar o circuito de funk do Rio. Tudo é muito precário: não existem pessoas explorando de uma maneira regular esse comércio. É preciso primeiro encontrar alguém que possa viajar para Nova York ou Miami (geralmente com passagens aéreas mais baratas conseguidas.




Nenhum comentário:

Postar um comentário