terça-feira, 3 de julho de 2012

Estudantes cariocas realizam pesquisa sobre a cultural do Amazonas


 
Em setembro do ano passado, o secretário da Secretaria de Estado de Cultura (SEC), Robério Braga, deu uma palestra na Universidade Cândido Mendes, no Rio de Janeiro, sobre seus 15 anos à frente do órgão e mostrou como modificou a cena cultural de Manaus.

Ao fim, fez o convite a quem quisesse vir conhecer a cidade. E foi o que fizeram dois estudantes do curso de ciências sociais com ênfase em políticas culturais da faculdade. Eles chegaram na cidade na última semana e estão realizando pesquisas para compor uma publicação acadêmica.

Prestes a embarcarem para Parintins, onde assistirão ao Festival Folclórico de Parintins, os estudantes Leandro Oliveira, 21, e Marcelo de Moraes, 29, ambos produtores culturais do Rio de Janeiro, se dizem embasbacados com a gestão cultural da capital, onde há uma política consolidada e efetiva para a população.

Desde o último dia 15 visitaram o Teatro Amazonas, museus, o largo de São Sebastião, as praças da Saudade e Heliodoro Balbi, os centros de Convivência do Idoso e da Família e diversos outros locais. "Vimos com o intuito de entender as políticas culturais do Amazonas, principalmente de Manaus, não só a partir de monumentos, mas do ponto de vista da preservação da memória cultural", afirma Leandro.

Segundo ele, desde que chegaram já deu para perceber que a política de cultura local é "séria, feita para o povo". "O melhor exemplo disso é que, às 19h de uma terça-feira, fomos assistir a uma ópera no Teatro Amazonas e pudemos ver pessoas de todas as classes sociais lotando o local. Isso talvez seja comum na Espanha, Itália, mas falando de Brasil, principalmente da Região Norte – que é longe do nicho cultural nacional - é de se surpreender", conta o pesquisador.

Os estudantes Leandro Oliveira e Marcelo de Moraes pretendem montar uma publicação acadêmica sobre as ações culturais no Amazonas e estão gravando, fotografando e filmando todos os lugares que visitam.

Para o embasamento teórico, os pesquisadores estão falando não só com a SEC e seus dirigentes mas também com a população. "Abordamos os usuários dos espaços culturais pois queremos saber suas impressões, já que a nossa pesquisa é baseada na população", frisa Leandro.

Para isso, eles chegam nos locais sem avisar. "Até o momento, só encontrei uma pessoa falando mal da secretaria, mas ela disse que não usava nenhum dos espaços culturais. Se ela não vai ao teatro, aos shows gratuitos, aos eventos do órgão, como pode criticar? Fica difícil relevar a informação se a pessoa não faz uso do que lhe dispõe", comenta. "Chegamos aqui desarmados e nos deparamos com essa realidade, que nos surpreendeu muito", resume Marcelo.

 http://www.emtempo.com.br/editorias/cultura/14716-estudantes-cariocas-realizam-pesquisa-sobre-a-cultural-do-amazonas.html

2 comentários:

  1. Leandro, querido. Sinto-me orgulhosa de você. Pois, daquilo que conversamos e, daquilo que você sonhou , tudo tem sido aproveitado.
    O caminho da etnografia é isso: ver e ser visto, documentar, entrevistar, estudar, publicar ...
    Cássia Liberatori
    Analista Cultural

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  2. Caros amigos de facul e futuramente profissão, espero que estejam aproveitando bastante, que possa trazer na sua bagagem não só curtições, mais experiencias e historias de vida a respeito de tudo que de bom tenha ai e que vcs tenham tido acesso.
    Torço muito por voces.

    abraços Wagner Brito

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