O GDF desencadeou, nesta manhã de terça-feira, uma operação de desocupação dos índios no final da Asa Norte, onde está sendo erguido o Setor Noroeste. Na ação, policiais Militares estão dando cobertura aos trabalhadores da Terracap e aos empregados das construtoras Brasal, do Grupo Osório Adriano, e Emplavi, interessadas diretas na área em conflito. O Santuário dos Pajés, local em que os índios cultuavam seus mortos, foi inteiramente destruído. O governo promete retornar, agora à tarde, para dar continuidade à operação, mas os índios prometem resistir. Para tanto, contam com o apoio de alguns sindicatos de trabalhadores e de estudantes da UnB, defensores da causa desde os tempos do governo de José Roberto Arruda.
Os índios permaneceram até agora no local, que julgam ser deles, por força de uma liminar concedida pela Justiça Federal, até que fosse concluído parecer técnico da FUNAI sobre o domínio das terras. No entanto, o GDF e as construtoras conseguiram derrubá-la.
A resistência indígena promete, podendo o episódio se tornar uma reedição da Operação Tornado, ocorrida no ano de 1998 na cidade Estrutural, que teve o saldo de duas mortes, dezenas de feridos e um governador abatido nas urnas.
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